domingo, 31 de janeiro de 2010

Os dozes pratos – a liderança!

Certo príncipe orgulhava-se de sua rara e antiga coleção de porcelana que era formada por doze pratos de grande beleza artística e decorativa. Um dia o seu cuidadoso zelador, em momento de infelicidade, deixou que se quebrasse um dos pratos.
Quando o príncipe ficou sabendo ficou furioso, e condenou à morte o dedicado servidor que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia se espalhou pelo Império, e às vésperas da execução do desafortunado servidor, se apresentou um sábio idoso que se comprometeu a deixar a coleção com os doze pratos iguais novamente, se o servo fosse perdoado.
O príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferta do ancião, que solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma mesa coberta por uma toalha de linho, e que os pedaços do prato quebrado fossem espalhados em volta do móvel.
Quando tudo estava pronto, o sábio acercou-se da mesa e num gesto inesperado, puxou a toalha com os pratos restantes, que se arrebentaram ao cair sobre o piso de mármore.
O príncipe e toda a corte olhavam chocados, sem saber o que dizer, quando o sábio disse serenamente:
- Senhor, aí está sua coleção com todos os pratos iguais conforme prometi. Agora também pode mandar me matar, já que essa porcelana vale mais do que a vida de seres humanos, e considerando que sou idoso e já vivi além do que esperava, sacrifico-me em benefício daqueles que provavelmente iriam morrer no futuro quando quebrassem algum prato.

Passado o choque, o príncipe emocionado e comovido, libertou o velho sábio e o zelador, compreendendo que nada é mais precioso do que a vida.
Não somos príncipes e tampouco estamos em um Império, mas muitas vezes valorizamos mais as coisas do que o ser humano; damos mais importância a tarefas e processos do que às pessoas que os executam. Sem perceber, priorizamos o “ter” ao “ser”.
Em um mercado cada vez mais globalizado, complexo e competitivo, estamos muitas vezes tão profundamente envolvidos com os negócios e seus resultados, que negligenciamos as pessoas, causando angústia, frustração, falta de credibilidade e decepção em todos os níveis das organizações.
É por isso que não basta ser gestor, é preciso ser líder. Um líder que enxergue e aceite as pessoas como elas são, tratando-as com respeito e dignidade, independentemente de raça, níveis hierárquicos ou sociais, e religião. Alguém que priorize o ser humano, que promova o desenvolvimento das pessoas e da equipe, que projete uma visão compartilhada, e que dê feedback honesto; consciente de que todas as conquistas são fruto do trabalho em equipe.

Abraços e sucesso,
Camila Barros

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