segunda-feira, 6 de abril de 2009

CHEFES COMO MENTORES


Os melhores chefes são conselheiros e professores que seguem o velho provérbio chinês: Dê um peixe a um homem e você o alimentará por um dia; ensine um homem a pescar e você o alimentará pelo resto da vida. Como mentores, eles ajudam os líderes de alto potencial a liberar seus talentos no trabalho atual e a elevar as suas perspectivas. Quando os chefes-mentores identificam um obstáculo ou uma oportunidade para um maior crescimento, eles podem imediatamente dar um retorno ao líder. Esse coaching informal em tempo real pode realizar mais do que qualquer avaliação de desempenho formal, especialmente quando repetidamente reforça um único elemento no qual o líder precisa se focar. Alguns chefes objetarão no início que assumir essa função demanda tempo demais, mas se trata mais de questão de disciplina do que de tempo. E os que ficarem bons nisso atrairão pessoas melhores, que, em conseqüência, expandirão a própria capacidade. Segundo CHARAN,

  • O que faz um bom chefe-mentor:
  • Identifica os líderes e os ajuda a crescer como missão central de seu trabalho, talvez até mesmo de sua vida; continuamente busca maneiras de ajudar o líder a crescer.
  • Faz observações perspicazes sobre a pessoa, pára periodicamente para refletir sobre ela e identifica com precisão os talentos das pessoas, independentemente de estarem ou não completamente desenvolvidos.
  • Identifica um ou dois aspectos que acelerariam o crescimento do líder se fossem aprimorados.
  • É intelectualmente honesto, corajoso e respeitoso ao fornecer feedback objetivo e oportuno.
  • Faz perguntas incisivas que expandem as perspectivas do líder ou sua gama de alternativas e aprofunda o conhecimento do líder sobre as questões em cheque.
  • Faz o acompanhamento para ajudar o líder a ter sucesso mesmo quando ele não mais trabalhar em sua equipe; orgulha-se do sucesso do líder.

Os chefes precisam observar os aspectos que se espera que o líder aprenda enquanto mantêm suas lentes perceptivas bem abertas para ve-lo como um todo, alguém que possa ter alguns talentos e características pessoais ainda não descobertos. A idéia é buscar conhecer um ou dois aspectos que alavancariam o líder se fossem aprimorados. Esses são os aspectos que o líder deve praticar e nos quais o chefe deve orientá-lo.

Habilidades específicas que contribuem com o talento social de um líder incluem aspectos como identificar os talentos das pessoas, comunicar, solucionar conflitos, criar mecanismos para um bom fluxo de informações, diagnosticar problemas nos relacionamentos entre os membros da equipe e alocar as pessoas certas aos cargos certos – aspectos que requerem intuição combinada com determinação. Além disso os chefes devem se certificar de que o líder pode influenciar o comportamento de outras formas, como trazer os conflitos à tona e solucioná-los de maneira construtiva.

O foco no talento nos negócios e social não implica ignorar o comportamento, as atitudes, as emoções e os valores. Algumas pessoas pensam que esses aspectos são intangíveis, mas não são. São fatos concretos e observáveis; não mudam de um dia para o outro e impulsionam as ações e decisões de um líder. Os chefes devem observar como as habilidades do líder são combinadas e como seus traços de personalidade e psicológicos os afetam.

Se a capacidade de julgamento for fraca em determinada área, os chefes, na qualidade de mentores, tentam identificar a raiz e ajudar no processo, chamando o líder e conscientizando-o do padrão. Um líder de alto potencial acionará sua autoconfiança e desenvolverá seu pensamento em relação à alocação de recursos e provavelmente aplicará esse aprendizado também em outras áreas de seu processo decisório. Suas competências se expandirão muito.

Algumas vezes os chefes podem ajudar os líderes a eliminar obstáculos psicológicos e cognitivos chamando a atenção a estes. Em outras vezes, um obstáculo é organizacional, e o chefe pode precisa intervir. A questão é manter os líderes focados em um ou dois aspectos que devem deliberadamente praticar, de forma que suas características pessoais sejam desenvolvidas e suas habilidades possam ser testadas e expandidas. Quando mais deliberada for a prática, isto é, quanto mais focado for o feedback e a autocorreção promovida, mais rapidamente e melhor a capacidade de julgamento do líder se aprimorará.
Reflitam sobre isso, abraços e sucesso.
Camila Barros

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