sábado, 4 de abril de 2009

A QUESTÃO DA LIDERANÇA ORGANIZACIONAL - Introdução


A integração entre indivíduo e a organização não é uma problemática nova. As primeiras preocupações surgiram com os antigos gregos. Mais recentemente, Weber levantou a hipótese de que as organizações pudessem destruir a personalidade individual com o surgimento de uma “arregimentação desumana”. Aos poucos, a abordagem clássica – centrada na tarefa e no método – foi dando lugar à abordagem humanística – centrada no homem e no grupo social. A ênfase dada à técnica e a tecnologia cedeu lugar à ênfase às relações humanas. Esta mudança radical deu-se por volta da década de 1930. De lá para cá, percebeu-se a existência do conflito industrial e a necessidade de uma harmonia baseada em uma mentalidade voltada para as relações humanas.

Conseqüentemente, o contexto da Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro das organizações, e estas dependem daquelas para poderem funcionar e alcançar sucesso. Assim, o trabalho toma considerável tempo de vida e de esforço das pessoas, que dele dependem para sua subsistência e sucesso pessoal.

É necessário destacar que crescer na vida e ser bem-sucedido quase sempre significa crescer dentro das organizações. Elas dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir seus bens e serviços, atender seus clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos globais e estratégicos. Portanto, as organizações surgem para aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham em conjunto. Sem organizações e sem pessoas certamente não haveria a Gestão de Pessoas, assim não precisaria de líderes e nem saber sobre a liderança.

Termos como empregabilidade e empresabilidade são usados para mostrar, de um lado, a capacidade das pessoas de conquistar e manter seus empregos e, de outro, a capacidade das empresas para desenvolver e utilizar as habilidades intelectuais e competitivas de seus membros.

Nessas perspectivas, líder significa Condutor. A palavra tem milênios e vem do germânico lad, "caminho". Ladan era alguém que "mostrava o caminho", primeiro aprendendo-o em todos os detalhes e depois orientando os companheiros para que eles não se perdessem, mas também para que caminhassem num ritmo correto, sem desperdício de tempo e de energia. Há zilhões de definições de "liderança", e esta, a mais antiga de todas, ainda é uma das mais perfeitas. Mas a história ensina que não basta ser líder para ser bom: a palavra alemã para líder é führer, o apelido dado a Adolf Hitler. E a italiana é duce, o apelido dado a Mussolini. Ou seja, liderança significa a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a consecução de um determinado objetivo.

É necessário exercer a influência para que o propósito, a missão da empresa seja alcançada. O papel da liderança é magnificar a cooperação e direcionar os conflitos para os aspectos contribuitivos de mudança e de criatividade, possibilitando que as pessoas estejam juntas, mesmo fisicamente longe. Dessa maneira, o líder é aquele que exerce influencia sobre outros. A liderança seria então a capacidade de tomar iniciativa em situações sociais de planejar, de organizar a ação e de suscitar colaboração.

Nesse sentido, o objetivo aqui é apresentar a questão da liderança organizacional e seus reflexos na sociedade moderna. Pois, uma pessoa deve ser líder integral no qual precisa de uma equipe que o ajude e além de ter a percepção de criar e desenvolver novos líderes, quebrando assim o paradigma que líder lidera sozinho.
Abraços,
Camila Barros

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